quinta-feira, março 30, 2006

Longa história


Quando entrei para a faculdade, não sabia quanto tempo lá ia ficar. Não tinha grande interesse em tirar um curso superior, o que eu queria ser era electricista. Mas toda a gente ia para a faculdade, e eu tambem fui. Entrei em segunda fase e chumbei quase tudo no primeiro semestre. O segundo semestre foi melhorzito. O segundo ano não foi grande coisa. No entanto adaptei-me, até achei piada às pedras e a coisa tomou rumo.

A Fac. de Ciências de Lisboa, para quem não sabe, funcionou durante muitos anos na Rua da Escola Politécnica, entre o Rato e o Príncipe Real. Depois veio o incêncio, instalações provisórias e a mudança para o Campo Grande. Devem ter sido as instalações possíveis, pois tem vindo a ser constantemente ampliadas.

Agora vejam a imagem de satélite (Google Earth). Foi editada no paint, sem grande paciência, mas serve para explicar. A azul estão algumas referências. A área a vermelho é a área total da FCUL. A verde alface o último edifício que foi construido (C6). A rosa temos um outro edificio novo (C8), não tanto como o C6. A área a amarelo representa o C2, edificio semi-utilizado, já que sofreu obras por fora e no interior dos pisos inferiores. O resto fica para depois. A verde mais escuro temos a maravilhosa calçada de pedra (passo a redundância, mas não tenho outro nome para aquilo). Qualquer dia vou lá tirar umas fotos para publicar. Serviu para se gastar dinheiro, de resto, não lhe vejo qualquer utilidade.

Retomando, a área da faculdade é bem grande. No local onde existe agora o C6, existiu anteriormente um parque de estacionamento para alunos, que foi inutilizado. Na altura a AE mexeu-se, bloqueou as entradas do parque dos professores e prometeram qualquer coisa, do género lugares para a malta da associação e amigos, e ficou tudo bem. Entretanto, o parque dos alunos passou a ser um baldio entre a torre do tombo e a tal calçada ridícula (na altura não existia). Concluiu-se o C6, que tem estacionamento interno (para os professores), tem um terreno enorme em seu redor, que não serve para nada, e não se construiu UM ÚNICO lugar para os alunos. Todas as vias de circulação em redor começaram a conter veículos mal estacionados, que piorou depois de construirem a tal calçada, e depois de matarem o arrumador que andava a fazer um BRILHANTE serviço.
Agora, a reitoria da UL fez queixa à policia sobre o estacionamento abusivo dos alunos. É verdade que é mesmo um abuso. Mas a culpa é do senhor Reitor, que aprovou todo o plano de construção, sem contemplar estacionamento. Bem sei que a ideia é educar os alunos a usar transportes públicos, mas então porque raio os senhores reitores e professores têm parque privado? Não deviam dar o exemplo?
Resultado: a merda da polícia, que quando me assaltaram o carro e levaram o que estava lá dentro, polícia essa que não se mostrou minimamente interessada no meu caso, não fez NADA para tentar descobrir quem me roubou, anda agora toda contente a bloquear e multar os alunos. Sim, os alunos, que pagam impostos e propinas, que por sua vez pagam o belo do ordenado e do parque privado ao senhor doutor professor reitor (e outras coisas acabadas em ...or).
Estudaram tanto que agora não conseguem pensar.
P.S. - Não fui um dos bloqueados, pelo menos por enquanto. A minha história é outra, logo a publico que este post já bateu recordes. Peço desculpa pela extensão excessiva.

2 comentários:

Tunana disse...

eu sou (resposta aa tua questao no meu blog)

e coincidencia das coincidencias, colocaste na imagem o meu "BIG BOSS"...
ehehhehehehehehe
qdo precisares estacionar por aí avisa ok....
eu empresto te o meu cartao do parque do IAN/TT ;););)
lol
bjokinhasssssssssssssss
**TuNaNa**

Anónimo disse...

Curiosidade extra: constou-me (de fonte fidedigna) que o areal do C6 é mesmo intrinsecamente inútil, e que surgiu, nem mais nem menos que...

... por capricho (birra) do arquitecto.

A "calçada de pedra" (que tem o nome universalmente adoptado de "Jardim de Pedra") é outra inutilidade que tal; acho que a intenção é ser mais uma esplanada, como se não as houvesse já suficientes, e como se fosse o mais importante numa faculdade.