Faz de conta

Imagine que era dono de uma empresa. Uma empresa pequena, com meia dúzia de funcionários. Como responsável máximo por essa empresa, todas as decisões passam por si. Imagine que um dos funcionários, que recebe regiliosamente o seu vencimento todos os meses, não faz a função para a qual é pago. Imagino que o despedia.

Imagine que tem uma empregada doméstica em casa. Paga x por hora, n horas por mês, partindo do presuposto que nessas horas a senhora limpa as casas de banho, aspira a casa, limpa o pó, faz as camas e trata da roupa da casa. Imagine, que ao chegar a casa, tinha todas essas tarefas por fazer. Imagino que trocava de empregada doméstica.

Todos nós somos donos de uma empresa, chamada estado. Não é uma empresa pequena, e como tal tivemos de nomear responsáveis para se responsabilizarem por ela. Como as pessoas com qualidade não querem dirigir essa empresa, resta a escumalha que fica toda contente por ser ministro ou big boss de qualquer serviço público. Prestam um mau serviço, ninguem os despede e ainda reclamam. Adoro este país de faz de conta.