Pobre de espírito

Ando cáustico. Embirrento.
Tenho recebido várias respostas menos boas a alguns comentários que faço, em blogs alheios. Efectivamente ando mal humorado, cansado e birrento, e como este blog e os meus comentários são um espelho daquilo que eu realmente sou, e não uma pintura bonita daquilo que eu gostava de ser, acaba por dar merda.
Peço desculpas a todos. Lamento ter sido desagradável. Lamento continuar a ser.
E o pior de tudo, é que parece que não aprendo.
No escritório, tinha uma colega que adorava. Era a minha mais que tudo. Sabia bem acordar e pensar que a ia encontrar por lá. Sabia mal ir trabalhar e saber que ela estava de férias.
Por causa de um blog, mais precisamente do blog dela, acabou por estalar um discussão tremenda, via msn (ridículo quando se trabalha a dois metros um do outro). Isto foi há uns meses, e o resultado é que agora conversas só profissionais, e o menos possível.
Não me sinto bem com a situação.
Mas sou muito orgulhoso para ir pedir desculpa por algo que eu acho que não é assim tão mau.
E acho que mesmo existindo uma trégua, vai ficar sempre um ressentimento, e nada volta a ser como dantes.
Não sei porque vos conto isto. Se calhar não sou assim tão gelado como pensava e precisava de desabafar com o mundo. Se calhar porque tenho a secreta esperança que a visada venha ler aqui o blog, e tome ela a iniciativa que eu sou incapaz de tomar.
Mas é difícil. Até porque vieram ao de cima um série de incompatibilidades na amizade. Eu sou o gajo mais anti-religião que existe, ela é devota da Igreja. Eu meto o trabalho em primeiro lugar, ela não prescinde de sair as dez para as seis. Entre outros.
É uma pena, mas tudo tem um fim, e aquela amizade teve um fim com um triste comentário num blog. Podia ter qualquer outro fim, não interessa.
Espero que não se repita com mais ninguém.