terça-feira, setembro 05, 2006

Fotos fora do vulgar

O que é uma fotografia? Segundo a Wikipédia:

Fotografia é uma técnica de gravação por meios químicos, mecânicos ou digitais, de uma imagem numa camada de material sensível à exposição luminosa.

A palavra deriva das palavras gregas φωτος phótos ("luz"), e γραφις graphis ("estilo", "pincel") ou γραφη graphê, significando "desenhar com luz" ou "representação por meio de linhas", "desenhar".

Segundo Roland Barthes a fotografia possuí uma linguagem conotativa e denotativa (O óbvio e o obtuso). A linguagem denotativa é o óbvio: tudo o que se vê na fotografia, tudo que está evidente. O conotativo é o obtuso: toda a informação ímplicita na fotografia. O enquadramento da foto, o posicionamento da câmara mais para cima ou mais para baixo dando noção de superioridade ou inferioridade... Tudo isso se trata de informações conotativas da fotografia, que geralmente revelam uma bagagem social e cultural do próprio fotógrafo.

Antes da época digital, que para mim começou em meados de 2001, nunca fui rapaz de tirar muitas fotografias. Lá está, sou um forreta de primeira, e relevra fotos é coisa para gente rica (ou era, que a mediamarket revela baratinho no formato digital). Ultimamente, e desde que deixei cair a minha Olympus C200 ao chão, o que resultou na sua reforma antecipada, decidi rentabilizar ao máximo a nova Olympus C-765. E porque quantidade não é qualidade, a procura pela fotografia perfeita quase nos leva à loucura.

Para muitos, uma boa fotografia é a que junta em iguais partes o lado conotativo com o lado denotativo. Uma fotografia com excelente imagem e cheia de significado. Concordo, mas uma boa imagem é sempre uma boa imagem, quer tenha ou não significado. E o que pode significar muito para mim, pode não dizer nada ao meu vizinho do 3º esquerdo. E depois a eterna questão: macros, panoramicas, fotografias à noite, etc. etc., quais as melhores.

Para mim é simples, a boa foto é a foto que faz click na máquina e dentro de nós. E as duas seguintes enquadram-se.

Forte das Ilhas de Lerins, fotografado de Cannes, à noite. Fartei-me de tentar esta foto. Não foi fácil. De noite e a grande distância, qualquer pequeno movimento desfoca tudo. Foi preciso encontrar uma base sólida e seleccionar o disparo automático. O resultado valeu a pena.


Chão de uma pequena capela em Gourdon. A imagem é o reflexo de um vitral. Gostei particularmente do efeito, é pena não se ver a imagem com total definição, mas creio que o vitral não foi concebido para isso.

5 comentários:

Anónimo disse...

Belas fotos. Boa sorte com a nova máquina. Cumpts.

Insueto disse...

A foto do forte é lindíssima! Adorei. E quanto à fotografia, é isso mesmo: o importante é tirá-la e ouvir o click cada vez que olhamos para ela!

Tia Cremilde disse...

temos artista!!
vim retribuir a visitinha que fez à sua tia! apareça mais vezes, será sempre bem-vindo!!
e agora se me permite, vou dar um giro por este seu cantinho!

kathy disse...

Ena!

bEtA disse...

bem.. imagino ver ao vivo... tirar a foto.. :)