terça-feira, novembro 21, 2006

Viagens

Como referi anteriormente, este fim-de-semana fui até ao Algarve, a um casamento de uma prima da minha Maria (não, não é a máquina de lavar...).
Aproveitei a viagem para levar comigo a documentação de um cliente da firma onde trabalho. O cliente envia, mensalmente, a documentação por correio, e nós vamos arquivando aqui. Como o espaço é cada vez menor, temos de despachar os documentos para o cliente. Assim, enfiei cerca de 50 pastas A4 na bagageira da 407, mais malas, um computador e monitor CRT, duas caixas com duas gatas, e seguimos viagem. Fui deixar os meus pais ao Montijo, e depois segui para Marrocos (ou quase). O problema começou logo com a saída de Lisboa. Acidente na segunda circular, na zona do Ralis, bloqueou tudo o que é desvio. Tive de me meter direito ao Parque das nações e apanhar o acesso à Ponte Vasco da Gama em Moscavide. Cheguei ao Montijo por volta das 20:00, uma hora depois do que pretendia.
Tinha de chegar a Lagos relativamente cedo, tinha o cliente à minha espera. Mas as condições climatéricas não estavam a ajudar. Muita chuva, muito spray na estrada, pouca visibilidade. Mesmo indo pela auto-estrada, que é algo que abomino, as condições não estavam famosas.
Mas foi só até Grândola. Daqui para baixo nem uma gota de chuva.
Resultado, cheguei a lagos por volta das 23:00, e a Vila Real de Santo António por volta da 00:15. Fiz uma média de 132 km/h, com um consumo de 7.3l/100km. Com o gasóleo ao preço a que está, até doeu.
A única ocorrência digna de nota foi um senhor que passou um vermelho, já em Lagos, e que não se enfaixou em mim porque não calhou. Era um daqueles sinais em que fica verde para quem segue em frente ou vira à direita, mas está vermelho para quem vira à esquerda. O senhor não reparou no pormenor e seguiu. Nada do outro mundo.

De regresso a Lisboa, optei pelo meu itinerário preferido. Estrada nacional, direito a Mértola, Beja, Grândola, Alcácer, Águas de Moura, Poceirão, Montijo, Lisboa. Média de 83km/h, consumo de 5.3l/100km. Portagem, o que é isso?
Vantagens de não se ter pressa.
O transito é praticamente nulo, a paisagem é muito mais bonita (aquelas barreiras acústicas que andam a colocar nas auto-estradas são deprimentes). Problema: O nevoeiro a partir de Águas de Moura. Não gosto de guiar com nevoeiro. Mesmo com as magníficas luzes de nevoeiro que a Peugeot tem. Tive de as ligar. Sobre o Tejo, parecia um manto de algodão a entrar água abaixo.
Digamos que 30% dos condutores estavam com as luzes de nevoeiro ligadas.

Segunda circular, de regresso a Linda a Velha. Assim que saio da Ponte, no acesso à segunda circular, um pequeno Matiz, carregado como gente grande e de bagageira entreaberta e atada com cordéis, arrastava-se pelo acesso. Um senhor com um Peugeot 206, cheio de pressa, encostou à direita para tentar ultrapassar. O problema é que a faixa acabava logo ali, perdia a prioridade e eu fechei-lhe a trajectória. Teve de me deixar passar.
Não sei se foi esta minha pequena provocação, se foi o facto de levar as luzes de nevoeiro acesas, mas o pequeno 206 ficou nervoso. Ao ponto de me ligar os máximos. Ao ponto de me ultrapassar. E ao ponto de, à minha frente, ligar e desligar a luz de nevoeiro traseira. Ao ponto de começar a reduzir a velocidade, mesmo na faixa da esquerda.
Eu encostei todo à direita, passei uma série de malta que tem a mania que essa faixa é para os lentos, e meti-me de novo à frente dele. Mais sinais de luzes, mais máximos constantes. Mais travão a fundo de minha parte. Mais ai que não consigo travar a merda do carro de parte dele.
Este pessoal tem a mania que é policia. Se estava nevoeiro, porque raio havia eu de apagar as luzes? Porque incomodam o menino? Fique em casa a ver o Noddy.

2 comentários:

João Guerreiro disse...

Hmmm Não estás a insinuar que o pessoal de Lagos conduz mal pois não?!?!?! =P
Com tanta rotunda passar um sinal vermelho em Lagos tá cada vez mais complicado hehehehe! Isso foi ao pé do intermarche?
Isso do senhor dos sinais de luzes era porque ele te conhecia pah! Ou então queria dar as boas vindas a Lx =) Hihihihi!

Cláudia disse...

Gostei do resumo das tuas viagens.
EU não gosto de ir por baixo...sou adepta da Autoestrada.
É mais seguro...na minha opinião, e não corremos o risco de levar com um gajo de frente (bom, sempre há aqueles engraçadinhos que gostam de andar em sentido contrario e os velhotes...), mas acho qe o risco é menor.
Paga-se mais, mas é mais seguro.